ALEGORIA TEMPORAL
O sensação de chegar ao futuro se faz mais presente nas viradas de milênios, séculos e décadas. O ano de 2020 possuiu especial força simbólica nesse sentido.
O futuro sonhado pela geração que viveu a space age dos anos 50, 60 e 70 se choca com um cenário sócio cultural inacreditavelmente distópico.
O Baile levanta questões do seu tempo: O futuro utópico desembocou no passado alegórico? De onde vieram os terraplanistas do século XXI? Ciência é ficção, apenas mais uma narrativa?
Para a edição especial do Baile do Sarongue no ano em que o Rio foi a Capital Mundial da Arquitetura, foi escolhida uma locação inédita, alegoria aquitetônica para o tema deste ano: o Retrofuturismo no MUSEU DO AMANHÃ.
A artista convidada Laura Lima, ocupou a garganta lateral do Museu que deuentrada ao Baile. A instalação formava um tunel revestido de papelão que revelavam partes de corpos humanos que buscavam contato com o público que chegava ao Baile.
Em menos de um mês, a humanidade seria surpreendida com a Pandemia Covid 19., e entraria num universo untouch, onde um simples aperto de mão seria condenado.
Vista de hoje, a obra de Laura Lima foi uma alegoria profética.